O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, aparece hoje à frente dos adversários, segundo estimativas não oficiais de funcionários locais. O país realizou ontem eleição geral, a segunda desde a queda do ditador Saddam Hussein, em 2003. As estimativas para a região de Bagdá, cujos resultados podem ser cruciais na disputa, ainda não estão disponíveis.

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Líder xiita, Maliki estava liderando nas regiões onde essa vertente muçulmana é majoritária. Já Ayad Allawi, um ex-primeiro-ministro que lidera a lista secular Iraqiya, está à frente nas áreas sunitas, segundo estimativas não oficiais.

O grupo de Maliki, a Aliança pelo Estado de Direito, estava à frente em nove províncias xiitas do sul. Já a Iraqiya liderava nas províncias de maioria sunita a norte e oeste de Bagdá, segundo as estimativas.

A Iraqiya estava em segundo lugar em três províncias xiitas, mas em terceiro em seis outras, atrás da Aliança Nacional Iraquiana, dominada pelos dois partidos religiosos e que inclui o ex-vice-primeiro-ministro Ahmed Chalabi.

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Na província de Kirkuk, onde há várias etnias, a lista do Curdistão, composta pelos dois partidos dominantes no norte do país, estava à frente, seguida pelo grupo de Allawi.

Os primeiros resultados oficiais da eleição de domingo não devem sair até quinta-feira. Os número finais são previstos apenas para perto do dia 18. Esses resultados deverão ainda ser certificados pela Suprema Corte no fim do mês.

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Negociações

Depois disso, deve levar pelo menos dois meses de negociações para a formação de um novo governo, já que aparentemente nenhum bloco político emergirá das urnas como força dominante. A eleição geral no Iraque teve um comparecimento considerado muito bom, com pelo menos 50% de participação na maioria das áreas, segundo previsões iniciais. Houve vários atentados ontem, que mataram 38 pessoas.

Os eleitores receberam elogios internacionais, em um teste crucial para a jovem democracia, menos de seis meses antes do prazo previsto para as tropas de combate do Iraque deixarem o país. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou os eleitores. As informações são da Dow Jones.