Duas professoras e um estudante universitário foram resgatados dos escombros de um prédio no leste da Turquia nesta quarta-feira, três dias após o devastador terremoto que atingiu a região. Mas as equipes de resgate dizem que as esperanças de encontrar mais sobreviventes diminui rapidamente.

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A emissora de televisão NTV informou que a professora Seniye Erdem, de 25 anos, foi retirada quase no mesmo momento em que outra professora era resgatada. Ela estava com sede e perguntou sobre o marido, que morreu.

Máquinas pesadas começaram a retirar os escombros de alguns dos prédios que ruíram em Ercis depois que as equipes de busca removeram os corpos e concluíram que não havia mais sobreviventes. O tremor de magnitude 7,2, ocorrido no domingo, matou pelo menos 461 pessoas e deixou mais de 1.350 feridas.

“No momento, não temos qualquer outro sinal de vida”, disse Riza Birkan, integrante das equipes de resgate. “Estamos nos concentrando na recuperação de corpos.”

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Apesar disso, os trabalhos de resgate continuam em algumas áreas de Ercis, a cidade mais afetada pelo terremoto, que também foi sentido no Irã e na Armênia. Gozde Bahar, uma professora de inglês de 27 anos, foi retirada das ruínas de um prédio nesta quarta-feira sob o olhar ansioso de sua mãe. A agência de notícia estatal Anatólia informou que seu coração parou quando ela era atendida num hospital de campo, mas os médicos conseguiram revivê-la.

Mais cedo, as equipes de resgate haviam retirado o estudante universitário Eyup Erdem, de 18 anos, usando pequenas câmeras para localizá-lo. Os integrantes da equipe aplaudiram quando ele foi retirado dos escombros.

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O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que 63 professores estão entre os mortos e que a má qualidade das construções contribuiu para o grande número de mortos.

Ele comparou a negligência de alguns funcionários públicos e construtoras ao assassinato, pois os responsáveis ignoraram os padrões de segurança. “Apesar de todos os desastres anteriores, vemos que os apelos não foram ouvidos.” As informações são da Associated Press.