Todos os integrantes da missão da Líbia em Genebra (Suíça) se demitiram durante sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) com o presidente francês Nicolas Sarkozy, na qual ele disse que o líder Muamar Kadafi deveria renunciar.
Adel Shaltut, segundo-secretário da missão da Líbia na ONU, pediu ao conselho de Direitos Humanos que fizesse um momento de silêncio em “homenagem a esta revolução”. Os membros do conselho se levantaram para ovacionar o que descreveram como um ato de coragem.
Em Paris, os embaixadores da Líbia na França e na Unesco se demitiram, num ato de condenação à violência contra os manifestantes. Diversas pessoas acamparam durante a noite do lado de fora da embaixada e substituíram a bandeira do país pela da velha monarquia que governava a Líbia antes do golpe de Kadafi.
O embaixador líbio na França, Mohamed Salaheddine Zarem, e o embaixador na Unesco, Abdulsalam El Qallali, saíram da embaixada para falar com os manifestantes. “Nós condenamos a repressão que acontece na Líbia e a extrema violência das forças de segurança milicianas contra os manifestantes pacíficos, que apenas exigem liberdade e dignidade”, disse El Qallali. “Nós confirmamos nosso apoio à revolução e deixamos nossos cargos oficiais”.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores francês, Bernard Valero, disse que a polícia está tomando as “medidas apropriadas” para proteger a embaixada.
Nos últimos dias, os embaixadores líbios na Liga Árabe, na Índia e em Bangladesh também renunciaram e o embaixador líbio nos Estados Unidos pediu que Kadafi deixe o poder. As informações são da Associated Press.