Manifestantes de várias cidades europeias foram às ruas hoje pedir o respeito aos direitos humanos no Irã. Grupos incluindo o Human Rights Watch, ONG norte-americana defensora dos direitos humanos, e a Anistia Internacional estão apoiando um dia global de protestos em mais de 80 cidades. Manifestantes levantavam placas e faixas do lado de fora da embaixada iraniana em Londres, em um dos muitos eventos em cidades na Europa. Em Bruxelas, na Bélgica, os manifestantes carregavam placas com imagens de detidos e de mortos, incluindo a de Neda Agha Soltan, iraniana de 27 anos cuja morte foi transmitida ao redor do mundo pela Internet.
Em Amsterdã, a Prêmio Nobel da Paz iraniana Shirin Ebadi instou a comunidade internacional a rejeitar o resultado da eleição no Irã e pediu uma nova votação monitorada pelas Nações Unidas. Dirigindo-se a centenas de pessoas, ela afirmou que não se deve permitir que o Irã se torne outro Zimbábue, em aparente referência à violência naquele país durante a eleição presidencial. Cerca de 80 pessoas realizavam uma manifestação em frente à sede europeia da ONU, em Genebra. Em Islamabad, capital do Paquistão, cerca de 20 iranianos, incluindo refugiados e estudantes, reuniram-se do lado de fora de um clube de imprensa local para protestar, gritando “Morte ao Ditador!”.
Na Austrália, pequenos protestos eram realizados em Sydney, Melbourne,
Brisbane, Adelaide e na capital, Canberra. Cerca de 50 pessoas agitavam bandeiras com as frases “Acabe com a tortura” e “A eleição no Irã foi uma fraude” nas escadarias do Parlamento do Estado de Victoria. Cerca de 80 pessoas se reuniram em Tóquio, enrolando echarpes verdes ao redor do pescoço e acendendo velas. A multidão assistia notícias recentes do Irã e slides em uma tela montada no Parque Miyashita, no centro de Tóquio.