A polícia de Hong Kong prendeu 511 pessoas nesta quarta-feira após dezenas de milhares se juntarem a uma marcha na ex-colônia britânica para pressionar por democracia.
As forças policiais entraram em ação por volta das 3h local (21h de Brasília) no Central – bairro de Hong Kong que abriga numerosos bancos e shoppings – para retirar manifestantes que haviam decidido permanecer no local.
Muitos manifestantes partiram voluntariamente, mas outros se deitaram no chão e foram arrastados até os ônibus preparados para retirá-los do local. Um por um, os que resistiram foram “detidos por obstrução e ameaça à segurança dos pedestres”, informou um oficial da polícia.
Os protestos ocorrem anualmente no primeiro de julho, que é um feriado público em Hong Kong e marca a entrega de Hong Kong de Londres para Pequim. Tradicionalmente, o dia é marcado por protestos. Neste ano, o foco dos manifestantes levou em conta um documento divulgado pelo gabinete da China no mês passado, o qual dizia que a autonomia de Hong Kong não é inerente, mas autorizada pelo governo central de Pequim.
Nesta semana, cerca de 800 mil moradores votaram em um referendo informal que tem como intenção apoiar uma democracia completa, mas Pequim denunciou o referendo como uma farsa política.
A China prometeu que os habitantes de Hong Kong poderão escolher o executivo local em 2017, embora tenha deixado claro que vai manter o controle sobre as candidaturas, uma condição que ativistas pró-democracia consideram inaceitável. Fonte: Associated Press.