Mais de 500 manifestantes são presos no Irã em quatro dias

O chefe da polícia iraniana, general Ismail Ahmadi Moghaddam, afirmou hoje que mais de 500 manifestantes da oposição foram detidos desde os confrontos de domingo, que deixaram oito mortos. Moghaddam disse também que o número de prisões pode ser maior porque integrantes da milícia Basij e agentes de inteligência podem ter detido mais pessoas por conta própria. Os confrontos do domingo foram os mais violentos desde os desdobramentos da eleição presidencial de junho.

Segundo a agência de notícias semioficial “Fars”, o sobrinho do líder opositor Mir Hossein Mousavi, um dos mortos no domingo, foi enterrado hoje. Autoridades haviam retirado o corpo do hospital no início da semana, numa aparente tentativa de evitar que o funeral se transformasse em um protesto.

Em Genebra, a Alta Comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, disse hoje estar chocada com a recente violência no Irã e pediu ao governo que impeça as forças de segurança de usar força excessiva.

Pillay também afirmou que está “chocada com o aumento do número de mortos, feridos e detidos”. Segundo ela, as pessoas têm o direito de protestar pacificamente sem serem espancadas ou levadas à prisão.

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