Mais de 40 mil pessoas protestaram hoje em Atenas contra a redução de salários e aposentadorias, os cortes de funcionários públicos e a reforma da legislação trabalhista grega, segundo dados da polícia.
Os dois maiores sindicatos do país convocaram greve geral de 48 horas contra o pacote de medidas de austeridade exigidas pela “troica” (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para que a Grécia permaneça na zona do euro.
Portando cartazes com frases como “Os seres humanos antes de tudo” e “Não às medidas”, gregos foram às ruas, deixando serviços públicos.
Nenhuma linha de metrô, ônibus, bonde ou táxi circulava em Atenas hoje. A rede nacional de trens também foi suspensa. Cerca de 20 voos foram cancelados e mais de 50 sofreram atrasos.
A greve também afeta a Justiça, especialmente juízes e advogados.
As centrais sindicais de trabalhadores do setor privado, GSEE, e do setor público, Adedy, convocaram as manifestações, além do sindicato comunista Pame.
De acordo com as autoridades, cerca de 20 mil pessoas protestaram em Tessalônica, segunda maior cidade do país.
Estão previstas grandes marchas para amanhã à noite, quando o Parlamento começará a votar as novas medidas.
Ainda ontem, jornalistas e funcionários de empresas de transportes iniciaram a série de paralisações programadas para esta semana na Grécia.