Mais de cem pessoas entregaram-se à polícia chinesa em Lhasa e outras cidades tibetanas depois dos violentos protestos dos últimos dias na região, informou a mídia estatal da China nesta quarta-feira.
O governo chinês havia imposto um ultimato até a meia-noite de terça-feira para que participantes dos violentos protestos se entregassem às forças de segurança.
Ao mesmo tempo, a China aumentou nesta quarta-feira a censura sobre a imprensa estrangeira e os impedimentos para cobrir os protestos, endureceu sua mensagem e advertiu que está imerso em uma "batalha de vida ou morte" contra o separatismo no Tibete.
Embora Pequim afirme que Lhasa recupera a normalidade e a imprensa oficial mostre fotos de pessoas fazendo compras, grupos de direitos humanos e tibetanos no exílio dizem que a situação continua muito tensa, com a polícia patrulhando as ruas da cidade.
Nesta quarta-feira, soldados e policiais mantinham o controle sobre os principais cenários dos choques que resultaram na morte de pelo menos 16 pessoas desde a última sexta-feira, segundo dados do governo chinês. Grupos tibetanos no exterior afirma que mais de 80 pessoas morreram. Pelo menos 300 imóveis foram incendiados durante os distúrbios.
Enquanto isso, o governo da China assegurou que os protestos contra Pequim em Lhasa não deteriam os planos de levar a tocha olímpica ao topo do Monte Everest.