Conflito

Mais de 100 mil espanhóis protestam contra Israel

Os maiores protestos contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, neste domingo, aconteceram na Espanha. Pelo menos 100 mil pessoas foram às ruas de Madri e outras cidades espanholas, exigindo que Israel anuncie um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Em Bruxelas, na Bélgica, uma manifestação contra a ofensiva israelense reuniu 30 mil pessoas, segundo a polícia belga, mas o evento degenerou em pancadaria, quando jovens aproveitaram para quebrar vidraças de lojas e virar alguns carros. Dez pessoas foram presas. Manifestações pacíficas ocorreram neste domingo na Itália, Alemanha e Líbano.

Cerca de 2,5 mil libaneses e palestinos realizaram um protesto em Beirute contra a ofensiva militar de Israel. Muitos carregavam bandeiras palestinas e faixas pedindo para a comunidade internacional parar o ataque israelense. Os manifestantes espanhóis levaram faixas com as inscrições “paz” e “SOS Gaza”. A mãe do ator Javier Bardem, Pilar, fez um discurso para a multidão. “O governo espanhol precisa fazer algo. A Faixa de Gaza agora é praticamente um campo de concentração”, ela disse.

A Espanha, que foi um país com uma importante minoria islâmica até o começo do século XVI, atualmente conta com 800 mil muçulmanos em uma população total de 46 milhões de habitantes.

Os organizadores da manifestação em Madri neste domingo, o Partido Socialista e os sindicatos, estimaram o número de manifestantes na capital espanhola em 250 mil. Mas a polícia espanhola recusou-se a dar uma estimativa. Também ocorreram passeatas expressivas em Sevilha, maior cidade do sul da Espanha, e em Ourense, no norte do país.

“É o meu dever pedir a Israel que implemente um cessar-fogo imediato”, disse o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, em discurso aos manifestantes em Ourense, na Galícia.

Na Itália, alguns milhares protestaram contra a ofensiva israelense com passeatas em Roma, Nápoles e Verona.

Nas cidades alemãs de Frankfurt, Munique e Berlim, os protestos reuniram 3 mil pessoas.

Em Beirute, Líbano, 50 médicos locais vestidos em uniformes laranja seguravam fotos de vítimas palestinas da ofensiva israelense e uma faixa que dizia “Parem o genocídio em massa”.

Fontes médicas de Gaza afirmam que mais de 820 palestinos foram mortos desde o início dos ataques israelenses há duas semanas. Treze israelenses também morreram.

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