Mais cinco manifestantes são mortos no Iêmen

A pressão ocidental aumentou hoje sobre o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, enquanto Estados do Golfo Pérsico buscam negociar um acordo com a oposição. Mais cinco pessoas morreram hoje em confrontos entre uma divisão do exército que se aliou a manifestantes contrários ao regime e membros de tribos próximas de Saleh, disseram fontes do setor de segurança.

Com as novas vítimas, pelo menos 24 pessoas morreram nos últimos dois dias de confrontos políticos no Iêmen. O Conselho de Cooperação do Golfo tenta costurar um acordo entre governo e oposição para solucionar a crise. Um porta-voz da principal coalizão oposicionista do país disse que seu grupo está disposto a negociar com um mediador. Mohammed Qahtan ressaltou, porém, que a intenção é discutir “apenas a transferência de poder”.

Uma fonte oficial, pedindo anonimato, disse que o governo era a favor do diálogo, que deveria ocorrer em Riad, na Arábia Saudita, em uma data não determinada. A oposição, porém, mostra cautela e espera o fim do governo de Saleh, segundo Mohammed al-Sabri, outro graduado membro da oposição.

Enquanto isso, a União Europeia pediu hoje que Saleh comece uma transição política “sem demora”. Ontem, os Estados Unidos pressionaram o presidente a negociar a entrega pacífica do posto, notando que a Al-Qaeda pode se beneficiar do vácuo de poder.

No total, mais de 100 pessoas foram mortas na repressão aos protestos, iniciados em janeiro. Os manifestantes pedem o fim do governo de Saleh, que está há três décadas no cargo. O presidente já disse que pretende deixar o poder no fim do ano, o partido governista, o Congresso Geral do Povo, afirmou que ele deve sair apenas no final de seu mandato, em 2013. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo