A maior feira de automóveis da China vai mostrar esse ano a ambição do País em se tornar o líder mundial em carros elétricos. Ela também pretende mostrar os esforços dessa indústria multimilionária para produzir modelos que tenham apelo aos consumidores chineses, que são bastante conscientes em relação ao preço que pagam.

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A Auto China 2018, que abre esta semana, segue a decisão de Pequim de permitir que companhias 100% controladas por estrangeiros possam entrar no mercado, num movimento que pretende tornar a indústria mais flexível ao permitir a promoção de carros elétricos.

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O Partido Comunista, que transformou a China no maior mercado para veículos elétricos, às custas de bilhões de dólares em subsídios, quer agora retirar esses benefícios e forçar as montadoras a adotar quotas de vendas desses modelos. Dessa forma, pretende forçá-los a desenvolver veículos que os chineses queiram comprar.

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O resultado deve ser visto na própria feira: este ano, marcas locais estarão juntas de montadoras globais como a General Motors, Volkswagen e Nissan para mostrar uma grande variedade de veículos elétricos, de luxuosos SUVs até compactos vendidos a partir de 152 mil yuans, ou US$ 24 mil.

As lideranças do Partido Comunista veem esses veículos não apenas como uma forma de limpar os céus poluídos das grandes metrópoles chinesas, mas também como uma forma de projetar a China nesse mercado de ponta, assim como tenta fazer em campos como a energia solar e a biotecnologia.

“Nos últimos dois ou três anos, a China deixou de ser um mercado pequeno para elétricos para passar a concentrar quase 50% das vendas de 2017”, afirmou Christopher Robinson, que trabalha na consultoria Lux Research. “Ela atraiu praticamente toda montadora do mundo”.

A partir de 2019, montadoras terão que receber créditos vendendo veículos elétricos ou comprá-los de outros competidores. Padrões mais duros de eficiência energética farão com que uma grande porção das vendas de cada uma tenha que ser de automóveis não movidos a gasolina. Fonte: Associated Press.