Um político e magnata de Hong Kong foi expulso do órgão consultivo do governo chinês nesta quarta-feira após expressar dúvidas sobre um líder apoiado por Pequim para a província semiautônoma. A declaração foi feita em meio a negociações do governo central com líderes estudantis que ocupam ruas do centro financeiro da cidade há um mês.

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O presidente da Manhattan Holdings, James Tien disse que aceita a decisão do Executivo de expulsá-lo. Tien disse há menos de uma semana em entrevista a uma rádio local, que o líder de Hong Kong, Leung Chun-ying, deve considerar renunciar ao governo por ter realizado um mau trabalho governando a cidade.

Após a decisão de Pequim, Tien, que é um congressista de Hong Kong, anunciou sua renúncia do comando do Partido Liberal, que tem posicionamento político pró-governo central. Suas críticas são incomuns para um membro das classes abastadas de Hong Kong, que geralmente seguem em linha com as decisões da China.

A expulsão é sinal de que Leung ainda possui apoio total de Pequim, apesar de seus níveis de aprovação terem declinado nas última semanas. O líder também não tem conseguido lidar de forma efetiva com os protestos estudantis democráticos que ocupam três importantes áreas da cidade há um mês.

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Membros do conselho que Tien integrava afirmaram que a decisão não foi tomada devido às discordâncias do executivo a Leung, mas pelo fato de que ele decidiu externá-las – algo que vai de encontro com o regimento do grupo. “Isso foi algo que fiz de modo incorreto”, concordou Tien, acrescentando que ainda acredita que Hong Kong passa por grandes problemas de governança e que Leung deveria negociar com os estudantes.

Essa não é a primeira vez que Tien se opõe aos desejos de Pequim. Em 2003, ele negou apoio a uma legislação proposta por Hong Kong que acabou sendo engavetada. O objetivo da lei era limitar atividades políticas desfavoráveis à China. Fonte: Associated Press.

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