O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos teria colocado funcionários na embaixada norte-americana em Caracas para promover ações desestabilizadoras contra o país sul-americano. A acusação ocorre em meio a um processo de aproximação entre os dois governos.
“Tenho provas de como o Comando Sul pessoalmente colocou funcionários na embaixada dos Estados Unidos na Venezuela para dirigir o ‘Plano Abutre’ de sabotagem à economia e de violência”, afirmou Maduro na segunda-feira, durante reunião do Conselho Político da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba).
O presidente indicou que as provas serão apresentadas em uma comissão especial com representantes de Washington a ser instaurada nos próximos dias, segundo a estatal Agência Venezuelana de Notícias. As declarações de Maduro são feitas poucos dias após a chancelaria rechaçar declarações de um funcionário do Departamento do Estado dos EUA expressando a preocupação pelo fato de seis opositores terem tido a licença cassada, quando tentavam concorrer para as eleições parlamentares de dezembro.
Durante seus dois anos no posto, Maduro acusou várias vezes os EUA de promoverem ações contra seu governo. A Venezuela enfrenta uma complexa crise econômica, caracterizada por inflação galopante e por severos problemas de desabastecimento de alguns produtos.
Caracas e Washington iniciaram em abril um processo de aproximação com a visita do graduado diplomata norte-americano Thomas Shannon, que nos últimos meses realiza encontros com autoridades venezuelanas. Apesar das rusgas e de estarem sem embaixadores desde 2010, os dois países mantêm um intenso intercâmbio comercial. Fonte: Associated Press.