O presidente francês, Emmanuel Macron, está lançando o segundo passo na reforma trabalhista, com foco em benefícios de desemprego e em treinamento. Macron se encontrou nesta quinta-feira com os principais sindicatos de trabalhadores e empregadores da França para começar as negociações, que devem durar meses.

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As discussões ocorrem quando trabalhadores e sindicatos ainda estão protestando contra um primeiro conjunto de medidas trabalhistas que o Macron assinou no mês passado, com o objetivo de facilitar contratações por parte de empresas.

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Ativistas da esquerda organizaram um protesto violento nesta quinta-feira, perto de uma conferência de recursos humanos na floresta de Bois de Boulogne, de Paris, onde o ministro do Trabalho Muriel Penicaud deveria falar sobre as políticas econômicas de Macron.

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Penicaud cancelou seu discurso, citando um “problema de programação”.

Uma declaração da polícia de Paris informou que cerca de 80 pessoas queimaram três carros e jogaram projéteis contra a polícia. A informação é de que 41 pessoas foram detidas e nenhum policial ficou ferido.

O governo francês quer estender os benefícios relacionados ao desemprego a empresários, fazendeiros e comerciantes que vierem a falir. O líder do sindicato CGT de extrema esquerda, Philippe Martinez, alertou que “não é uma opção reduzir os direitos das pessoas sem empregos”, após seu encontro com Macron.

Macron, eleito em maio em uma plataforma profissional, diz que suas políticas econômicas visam a impulsionar o crescimento e a contratação e a oferecer mais recursos franceses e estrangeiros para o país. A taxa de desemprego na França tem crescido cerca de 10% durante anos.

O governo quer aprovar as novas medidas trabalhistas até o verão de 2018.