Lula propõe criação de grupo paralelo ao Conselho de Segurança na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a criação de um grupo consultivo paralelo ao Conselho de Segurança da entidade para ser ouvido em casos de conflitos internacionais. Em almoço com Ki-moon, no Palácio do Itamaraty, Lula disse, segundo relatos de participantes, que os Estados Unidos são "atores" dos problemas e também "mediadores" para a solução desses conflitos. O presidente defendeu a idéia de que a ONU receba consultoria e ouça "novos atores".

Ao comentar a crise no Oriente Médio entre israelenses e palestinos, Lula disse que países como o Brasil, África do Sul e Índia podem ajudar na busca de uma solução, pois as três nações têm excelentes relações "com Israel e o mundo árabe". O secretário-geral da ONU, segundo participantes, ouviu a proposta do presidente brasileiro demonstrando atenção e fazendo anotações.

Sobre a proposta apresentada por Lula de criação de um grupo paralelo na ONU, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, limitou-se a dizer que, para o governo brasileiro, é preciso ter idéias novas e, para isso, são necessários "atores" novos. "Quem não tem um interesse direto pode ir com idéias novas.

Ainda no almoço, Lula fez um relato da Cúpula de Países Ibero-Americanos realizada na semana passada em Santiago do Chile e chegou a mencionar o bate-boca do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com o atual primeiro-ministro da Espanha Jose Luis Rodriguez Zapatero e com o rei espanhol, Juan Carlos.

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