O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer acompanhar, na próxima sexta-feira, o velório do corpo de Néstor Kirchner, em Buenos Aires. A viagem começou a ser preparada por assessores e seguranças do Planalto. Logo que soube da morte do colega argentino, no começo da tarde de hoje, Lula decretou luto oficial de três dias no País.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do Planalto, ele prestou solidariedade à presidente argentina, Cristina Kirchner. O comunicado ressalta que o ex-presidente contribuiu para mudanças no continente. “Foram notáveis o seu papel na reconstrução econômica, social e política de seu país e seu empenho na luta comum pela integração sul-americana”, destacou a nota.
No comunicado, Lula ressalta que Néstor Kirchner foi um “grande aliado e fraternal amigo”. “Os brasileiros se associam à dor de nossos irmãos argentinos neste momento amargo”, destacava o comunicado. “O governo brasileiro e eu recebemos consternados a notícia da morte de Néstor Kirchner, secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas e ex-presidente da República Argentina”.
Principal interlocutor do governo brasileiro com Buenos Aires, o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, ressaltou, em nota, o trabalho de Kirchner nas negociações da União das Nações Sul-americanas (Unasul), onde ocupava o cargo de secretário-geral. “Testemunhei em diversas ocasiões a importante contribuição do presidente Kirchner para que nossos países pudessem consolidar sua aliança estratégica e, juntos, avançar no fortalecimento do Mercosul”, disse Amorim.
O Itamaraty também divulgou nota em nome da presidência pro tempore do Mercosul, ocupada pelo Brasil. A nota destaca que Kirchner desempenhou “papel central” no fortalecimento da integração sul-americana. “Os anos em que esteve à frente do Executivo em seu país coincidiram com uma renovação do Mercosul rumo a um processo de integração marcado pela solidariedade e pela justiça social”.