O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, em Madri, o acordo de troca de combustível nuclear assinado pelo Irã, com intermediação do Brasil e da Turquia. Falando no Casino de Madrid a uma plateia de empresários, diplomatas e políticos espanhóis, Lula disse que o compromisso selado com Mahmoud Ahmadinejad é “exatamente o que os Estados Unidos queriam cinco ou seis meses atrás” e que o Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) precisa de “disposição para negociar”. Rompê-lo, argumentou, levará a questão nuclear iraniana “à estaca zero”.

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Referindo-se ao ex-presidente do Conselho da Espanha Felipe González, que estava na plateia, Lula se posicionou sobre a polêmica. “Você sabe bem que nós fizemos exatamente o que os Estados Unidos queriam fazer cinco ou seis meses atrás?”, questionou, argumentando que, até a intervenção de Brasil e Turquia, o assunto não tinha intermediários. “Qual era o grande problema do Irã? Era que ninguém conseguia fazer o Irã sentar à mesa para conversar.”

O presidente também pediu a reforma do CS, bandeira pela qual o Brasil luta há 17 anos. “É preciso mais atores, mais negociadores e mais disposição política. E acho que o mundo caminha para isso.”

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