O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defenderá um diálogo para a volta de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA). Em entrevista nesta manhã no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o porta-voz do Palácio do Planalto, Marcelo Baumbach, relatou que Lula, na viagem que fará na próxima semana ao México e a países da América Central, estará disposto a dialogar sobre uma reconciliação de Honduras com os demais países. “O presidente Lula acha que é, sim, importante que Honduras volte à OEA”, disse.

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Lula participará em Cancún, na segunda e na terça-feira, da 2ª Cúpula América Latina e Caribe e da 21ª Cúpula do Grupo do Rio, integradas por chefes de Estado do continente. Baumbach afirmou que presidente não vai apresentar nenhuma proposta concreta para que Honduras retorne à OEA. Mas deixou claro que o governo brasileiro, mesmo sem apresentar condicionantes, avalia que é possível evoluir em um diálogo no momento em que Honduras já tem um presidente eleito, que é Porfírio Lobo.

O governo brasileiro avalia, segundo o porta-voz, que, para a reaproximação de Honduras aos demais países, é preciso que o governo hondurenho demonstre um compromisso com a reconciliação em seu próprio país. “O presidente acha que é importante que qualquer solução dada à crise em Honduras não crie precedentes a movimentos golpistas na América Latina”, disse.

Segundo o porta-voz, a volta do presidente deposto Manuel Zelaya e a criação de uma comissão da verdade poderiam ser demonstrações de que o novo governo hondurenho está aberto ao diálogo, mas repetiu que isso não são condicionantes.

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Auxiliares do presidente Lula avaliam que Honduras poderá sair das cúpulas da semana que vem mais próximo de se reintegrar à OEA. O governo brasileiro, segundo esses auxiliares, manterá a mesma posição tomada no decorrer da crise, de consultar os demais países antes de tomar qualquer medida, e agora não seria diferente. O governo brasileiro estará aberto ao debate.