O governo brasileiro iniciou hoje uma espécie de retaliação contra as ameaças do presidente do Equador, Rafael Correa, à permanência da Petrobras no país e também à sua decisão de expulsar a construtora Norberto Odebrecht. Uma nota divulgada pelo Itamaraty informa que por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi cancelada a ida a Quito de uma missão chefiada pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, no próximo dia 15. Essa missão teria objetivo de tratar do apoio financeiro brasileiro a obras de infra-estrutura viária naquele país.

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A nota informa que o embaixador do Brasil em Quito, Antonino Marques Porto e Santos, deve transmitir à chancelaria do Equador que essa atitude se deve aos “últimos desdobramentos envolvendo empresas brasileiras (…), que contrastam com a expectativa de solução favorável quando do recente encontro entre os dois presidentes em Manaus”. O encontro entre Lula e Rafael Correa ocorreu no último dia 30, em Manaus.

 

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Esta é a primeira vez que o governo Luiz Inácio Lula da Silva explicita uma reação concreta à atitude de um governo vizinho contra interesses brasileiros. No caso da nacionalização das refinarias da Petrobras pela Bolívia, o governo agiu de maneira mais discreta.