O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (18) na Bolívia o acordo que prevê um empréstimo de US$ 230 milhões ao projeto "Marcha ao Norte", do governo de Evo Morales, que pretende construir estradas para interligar o planalto e a Amazônia bolivianos.
O Brasil pagará pela construção da estrada Rurrenabaque-Riberalta (com uma extensão de 510 quilômetros), a qual continuará até Guayaramerín, na fronteira com Rondônia.
O objetivo do governo brasileiro é conseguir uma saída para o oceano Pacífico através da Bolívia, a fim de ligar a Zona Franca de Manaus com o porto peruano de Callao.
Lula, Morales e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, se reuniram nesta sexta-feira em Riberalta, a mil quilômetros de La Paz, para discutir também sobre ações conjuntas que visam a preservação da Amazônia e o desenvolvimento da população local.
Está previsto que parte do projeto "Marcha ao Norte" será financiada pelo fundo dos Objetivos do Milênio, criado pela ONU, através de uma doação de US$ 600 milhões. Entretanto, não se tem ainda a confirmação.
Também não está definido como será a participação da Venezuela no projeto, mas é certo que o governo de Chávez dará apoio financeiro ao programa.