O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve abordar a situação de Honduras no discurso de amanhã (dia 23) nos debates da 64ª Assembleia Geral das Nações Unidas. O tema será tratado agora com mais detalhes, diante dos desdobramentos ocorridos com a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya, e o abrigo dele na embaixada brasileira.
Tradicionalmente, Lula é o primeiro a discursar nos debates. O assessor para Assuntos Especiais, Marco Aurélio Garcia, descreveu outros dois temas que serão tratados pelo presidente, nesta quarta-feira. Cerca de um ano depois da falência do Lehman Brothers, Lula vai fazer um balanço sobre os avanços feitos desde então – “o que foi positivo na iniciativa dos governos e o que resta fazer”, disse Garcia. De certa forma, o presidente estará antecipando questões que vai expor de forma mais detalhada na reunião de cúpula do G-20, disse Garcia.
Outra questão será a da governança mundial. Os organismos multilaterais, como Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, estão com um sistema de representação muito deficiente em relação aos países emergentes é necessário corrigir isso, acrescentou Garcia. Na arena de mudança climática, Lula deve reiterar posições conhecidas do Brasil e antecipar preocupações que o governo brasileiro levará à reunião de Copenhague.