As alegações de tortura de prisioneiros e de matança de civis no Iraque extraídas de documentos oficiais norte-americanos vazados nos últimos dias são extremamente graves e devem ser investigadas, disse uma alta autoridade do governo britânico.

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O vice-primeiro-ministro Nick Clegg disse à BBC neste domingo que os relatos de violência no Iraque “são chocantes de ler e são muito graves”.

O website WikiLeaks publicou cerca de 400.000 registros militares americanos, escritos por soldados em campo, detalhando a carnificina no Iraque desde a invasão do país árabe liderada pelos Estados Unidos em 2003 em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas. Há relatos de torturas praticadas pelas forças iraquianas, execuções por motivos religiosos e civis mortos por militares dos EUA.

O website Iraq Body Count, que tenta contabilizar o total de civis iraquianos mortos desde o início da guerra, disse ter analisado a informação e detectado 15.000 mortes não relatadas anteriormente nos documentos vazados, divulgados na sexta-feira.

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Embora a documentação pareça autêntica, sua procedência não pôde ser confirmada por fontes independentes. O Pentágono confirma o vazamento, assim como o Ministério da Defesa britânico. As autoridades dizem que a divulgação pode pôr a vida dos soldados em risco.

Clegg observou que não cabe ao governo do Reino Unido dizer como Washington deve reagir às alegações de abuso, mas que quaisquer acusações de abuso por parte de tropas britânicas “são extremamente sérias e precisam ser analisadas”. As informações são da Associated Press.

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