Três dias depois das eleições – e com 100% dos votos apurados -, os israelenses ainda não sabem como será o novo governo. As negociações políticas avançam e parecem indicar que quem levará a melhor é o ex-premiê Binyamin “Bibi” Netanyahu, líder do partido de direita Likud, que ficou em segundo lugar, com 27 das 120 cadeiras do Parlamento. Assessores da sua rival, a chanceler Tzipi Livni, do partido de centro Kadima, admitiram que ela considera seriamente desistir da disputa e ficar na oposição. A decisão abriria caminho para Bibi ser o novo premiê, apesar de o Kadima ter conseguido 28 cadeiras no Parlamento.
Livni teria chegado à conclusão de que não conseguiria formar uma coalizão viável. Seus parceiros “naturais” – o Partido Trabalhista e o esquerdista Meretz (com 16 cadeiras ao todo) – avisaram que não fecharão acordo com ninguém. Ela precisaria das 15 cadeiras do partido de extrema direita Israel Beiteinu, de Avigdor Lieberman, para alcançar a maioria na casa (61 cadeiras). Lieberman encontrou-se tanto com Livni quanto com Bibi, mas não divulgou quem apoiará. Cabe ao presidente Shimon Peres apontar quem montará o próximo governo depois de receber a indicação dos líderes das bancadas, o que deve ocorrer no domingo.