Um tribunal militar paraguaio concedeu nesta quarta-feira (6) liberdade condicional ao ex-general Lino César Oviedo, depois de ele cumprir mais da metade de sua sentença de 10 anos por ter tentado derrubar o governo em 1996. Pouco antes do meio-dia (horário local), Oviedo deixou a penitenciária Viñas Cué, na periferia de Assunção. Mais de uma centena de militantes de seu partido União Nacional dos Cidadãos Éticos (Punace) aguardavam sua libertação. Ele saiu do local sem fazer declarações.

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Em entrevista coletiva concedida hoje em Assunção, o major Emiliano Rojas leu a seguinte resolução: considerando o pedido feito por Lino César Oviedo através de seus advogados de defesa, o tribunal decidiu por unanimidade ordenar sua imediata libertação mediante condições".

Entretanto, o coronel Carlos Liseras, presidente do painel de três juízes salientou que o ex-comandante do Exército paraguaio "deve a partir de hoje ganhar a vida de forma honesta e legal, sem se envolver com pessoas de má reputação".

Segundo Lisera, essas são as únicas condições que devem ser cumpridas por Oviedo com relação ao estatuto militar. "As normas militares não impõem obstáculos à intenção que Oviedo possa ter de fazer política", decidiu.

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O ex-general foi sentenciado a dez anos de reclusão por tentativa de depor o presidente Juan Carlos Wasmosy em abril de 1996.