Líderes separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia ameaçam abandonar o cessar-fogo em virtude de alterações na lei que concede autonomia ao governo local por um período de três anos.

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Alexander Zakharchenko e Igor Plotnitsky, líderes das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, disseram em um comunicado que a legislação nas áreas sob controle dos rebeldes tem sido enfraquecida pelas mudanças.

“Nós concordamos com a lei especial para Donbass mediante uma Ucrânia renovada, embora o nosso povo queira a independência total. Nós concordamos com isso para evitar um derramamento de sangue”, segundo o comunicado.

“Mas a Ucrânia não se renovou”, de acordo com o comunicado. Rebeldes têm pressionado para revisões da constituição de descentralizar o poder, mas sustentam que a autoridade ainda é mantida por empresários poderosos.

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A lei que garante a autonomia dos grupos separatistas nos territórios ao leste da Ucrânia foi aprovada pelo parlamento na terça-feira, mas com uma série de mudanças que têm gerado fortes críticas pelos rebeldes pró-Rússia.

Entre as críticas dos rebeldes está a exigência para eleições – que sejam realizadas sob as leis ucranianas – antes que as novas leis entrem em vigor.

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Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse em um comunicado que promulgar a lei do estatuto especial sem eleições aprovadas por Kiev, poderia resultar na legitimação de um governo composto por rebeldes, o que a Ucrânia considera ilegal.

“Somente quando estes territórios forem governados por alguém adequado para Kiev é que o estatuto especial entrará em vigor”, disse o ministro de relações exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

Mais de seis mil pessoas foram mortas desde que os combates começaram, em abril do ano passado. No entanto, os confrontos foram substancialmente reduzidos desde o cessar-fogo declarado no mês passado. Fonte: Associated Press.