Líderes republicanos estão começando a aceitar a ideia de que o polêmico bilionário Donald Trump será nomeado pelo partido como candidato à Presidência dos Estados Unidos.

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Depois dos contundentes triunfos do empresário nas eleições primárias de cinco estados do oeste do país esta semana, um crescente número de líderes e legisladores do Partido Republicano disseram que Trump já conseguiu um indiscutível ar de inevitabilidade.

Alguns argumentam que deveriam apoiá-lo agora e abandonar os esforços de “Nunca Trump” que ainda alimentam alguns dirigentes do partido. Dar apoio ao bilionário, dizem esses republicanos, pode ser a única esperança do Partido Republicano para bloquear o caminho à Presidência da democrata Hillary Clinton.

“Donald Trump será nosso nomeado”, escreveu o governador da Flórida, Rick Scott, em um post no Facebook esta semana. “Os líderes republicanos em Washington não o escolheram, mas os partidários de todos os Estados Unidos o elegeram”, disse.

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“Os republicanos necessitam agora de se unir”, disse Scott, advertindo que a contínua oposição a Trump “não será nada mais do que uma contribuição para a campanha de Clinton”.

Entre os deputados e senadores, é muito mais fácil encontrar apoio a Trump.

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“Não compreendo quando dizem ‘Nunca Trump’. Nós devemos dizer ‘Nunca Hillary’. Nunca, nunca, nunca Hillary. Por favor. Enfrentem a realidade”, disse o legislador Mike Kelly, da Pennsylvania, que apoiou o bilionário em seu Estado. “Nunca vi um partido atacar a um de seus próprios candidatos com esta agressividade.”

O senador Orrin Hatch, de Utah, um respeitado e antigo membro da câmara alta, apoiou primeiramente Jeb Bush e depois o senador Marco Rubio. Com a saída deste da corrida, ele disse que não tem intenção de trabalhar com Trump. “Mas me parece que ele vai ganhar a indicação e se isso ocorrer vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para ajudá-lo”, afirmou.

Alguns líderes republicanos preveem que uma candidatura de Trump poderia significar um desastre eleitoral, ajudar os democratas a recuperarem o controle do Senado e custar assentos na Câmara dos Representantes. Para sustentar seus argumentos fazem ênfase nos comentários depreciativos de Trump sobre mulheres e minorias, que contribuíram a altos índices desfavoráveis.

Ainda assim, segue sendo incerto se Trump conseguirá os 1.237 delegados necessários para assegurar a nomeação antes da convenção republicana nacional em Cleveland, em junho. Se ele não conseguir, o senador texano Ted Cruz espera conseguir o apoio da cúpula do partido. O governador de Ohio, John Kasich, também segue na disputa. Fonte: Associated Press.

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