Os líderes europeus que negociam a crise ucraniana realizaram uma conferência telefônica com os presidentes da Rússia e da Ucrânia neste domingo e concordaram em trabalhar por um acordo de paz a ser discutido em uma reunião de cúpula em Minsk, na Bielorrússia, nesta quarta-feira, disse um porta-voz alemão da chanceler Angela Merkel.

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Os quatro líderes – o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, o presidente francês, François Hollande, e Merkel – discutirão um pacote de medidas para alcançar uma “solução abrangente” para o conflito no leste da Ucrânia, disse o porta-voz Steffen Seibert.

Os trabalhos no pacote continuarão em Berlim nesta segunda-feira, visando efetivamente realizar a reunião em Minsk na quarta-feira, afirmou Seibert. Devem participar da cúpula representantes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, e também dos separatistas no leste da Ucrânia, acrescentou o porta-voz.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, reforçou neste domingo a rejeição do país à entregas de armas para a Ucrânia. “Eu vejo isso, para dizê-lo abertamente, não apenas como um risco, mas como sendo contraproducente”, disse Steinmeier, na Conferência de Segurança de Munique.

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Steinmeier também rebateu as críticas abertas da posição da Alemanha feita por senadores norte-americanos e outras autoridades. A Casa Branca está cogitando entregar armas à Ucrânia para apoiar a luta do país contra os separatistas pró Rússia, no leste do país.

“Talvez estejamos tão insistentes porque conhecemos um pouco a região”, disse Steinmeier.

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O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que discursou após Steinmeier na conferência, não citou a entrega de armas diretamente. Mas insistiu que o Ocidente estava unido em sua resposta à crise Ucrânia e prometeu novas medidas se a Rússia não trabalhar para acalmar os combates, mas não citou quais seriam essas medidas.

“Deixe-me assegurar a todos: não há divisão – não há ruptura”, disse Kerry. “Nós todos concordamos que este desafio não vai acabar através da força militar. Estamos unidos em nossa diplomacia. Mas quanto mais tempo leva, mais vamos ser obrigados a aumentar os custos sobre a Rússia”.

Fonte: Dow Jones Newswire