Líderes de países europeus voltaram a defender o controle das fronteiras externas do continente após uma reunião neste sábado em Viena. Após o encontro com seus pares da Alemanha, Grécia e países dos Bálcãs, o chanceler austríaco Christian Kern disse que os europeus “precisam decidir quem pode entrar na Europa” e que a decisão não pode ser dos traficantes de pessoas.
A chanceler alemã Angela Merkel defendeu ainda que uma meta importante é o rápido retorno a seus países de imigrantes que não conseguiram asilo.
“Falamos hoje sobre a necessidade de rapidamente finalizar acordos com países da África e também com o Paquistão e o Afeganistão”, declarou Merkel. De acordo com ela, estes acordos serão feitos para que “aqueles que não puderem ficar por questões humanitárias retornem a seus países”.
Merkel e Kern consideraram ainda que a situação dos imigrantes na Europa está melhor que há um ano, quando milhares cruzavam as fronteiras do Mediterrâneo todos os dias saído da Turquia para a Grécia e depois atravessando os Bálcãs rumo ao norte europeu. Cerca de um milhão de imigrantes chegaram à Europa no ano passado, a maior parte vinda da Síria, do Iraque, do Afeganistão e de outros países em crise.
O fechamento da rota de imigração pelos Bálcãs e o acordo firmado em março entre União Europeia e Turquia para reduzir a imigração levaram a uma dramática redução do número de pessoas chegando ao norte do continente.
Ainda assim, ambos os líderes europeus destacaram que eles consideram o fortalecimento do controle não apenas nas fronteiras marítimas, mas também para proteger fronteiras dentro do continente. Um exemplo de zona de atenção é a região limítrofe entre a Grécia e a Macedônia.
“Precisamos ter certeza de que, do ponto de vista prático e político, a rota dos Bálcãs permanecerá fechada para a imigração ilegal de forma definitiva”, declarou o presidente do Conselho Europeu Donald Tusk.
Merkel ofereceu ainda apoio à Grécia e à Itália e disse que a Alemanha aceitaria a entrada de centenas de imigrantes desses dois países todos os meses, conforme reportou a agência de notícias alemã Deutsche Presse-Agentur. Fonte: Associated Press.