Forças de segurança leais a Laurent Gbagbo, presidente da Costa do Marfim que se recusa a deixar o cargo, abriram fogo hoje no bairro de Abobo, matando pelo menos uma pessoa. Enquanto isso, chefes militares de países vizinhos se reuniam no Mali para planejar uma possível intervenção militar para depor Gbagbo.
Os disparos foram feitos no início da manhã. Abobo é o maior bairro da capital, onde a população é de mais de 1 milhão de habitantes. A maioria dos moradores do bairro votou no líder opositor, Alassane Ouattara, internacionalmente reconhecido como o vencedor da eleição presidencial realizada em novembro. Ouattara não conseguiu assumir o cargo porque Gbagbo se recusa a deixar o poder apesar das sanções, visitas de influentes líderes africanos e da ameaça de deposição militar.
Funcionários do escritório do prefeito em Abobo disseram que um caminhão da polícia tomou posição do lado de fora do prédio. Segundo um guarda, pelo menos um civil morreu. O confronto ocorreu enquanto chefes de Exército de 15 países integrantes da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, na sigla em inglês) reuniam-se no Mali para discutir uma operação militar para depor Gbagbo. A medida é considerada a última opção porque pode causar mortes em massa. As informações são da Associated Press.