Os líderes da União Europeia se reúnem nesta sexta-feira para discutir maneiras de forjar um sentido de propósito comum, diante da planejada partida do Reino Unido do bloco. As autoridades buscam negociar desacordos importantes, em temas que vão desde a imigração até a condução econômica.

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Os 27 líderes, que se reúnem sem a premiê do Reino Unido, Theresa May, esperam que as conversas na capital da Eslováquia tracem as linhas gerais para seguir adiante. A UE foi abalada pela decisão dos britânicos de votar no plebiscito em junho para deixar o bloco e agora precisa avaliar o futuro. Mesmo com o resultado, o Reino Unido ainda é membro do bloco e deve seguir nele por pelo menos mais dois anos. Para deixar a UE, a premiê britânica terá de dar início a um cronograma para esse processo, que deve durar dois anos, mas ainda não foi detonado.

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No topo da agenda está o reforço na segurança e uma melhor cooperação em defesa, em meio a problemas com a chegada de imigrantes e refugiados, muitas vezes de forma caótica. Além disso, há a intenção de discutir medidas para lidar com o alto nível de desemprego entre os mais jovens no continente.

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Dá mais urgência ao diálogo o fato de que países como a França e a Alemanha realizam eleições no próximo ano, com partidos de extrema-direita e populistas em busca de explorar a incerteza gerada pela decisão do Reino Unido de deixar a UE.

O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, disse que “nós todos queremos mostrar unidade e queremos mostrar que este é um projeto único e que precisamos continuar”.

“Nós estamos em uma situação crucial”, disse a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Segundo ela, em Bratislava a intenção é mostrar que os países podem trabalhar juntos e resolver problemas. “Nós temos de mostrar por meio de ações que podemos fazer melhor.”

O presidente da França, François Hollande, disse que as questões discutidas no encontro têm como objetivo ajudar a restaurar a confiança dos cidadãos no projeto europeu. Entre as metas ele citou a segurança e a geração de empregos, também com a intenção de “dar esperança aos jovens”. Hollande enfrenta pressão para voltar para casa com algum sucesso, no momento em que aparece mal nas pesquisas para as eleições presidenciais de maio na França. A opositora Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Frente Nacional, diz que convocaria um plebiscito sobre a permanência do país na UE, caso vencesse nas urnas. Fonte: Associated Press.