O clérigo xiita Muqtada al-Sadr pediu nesta sexta-feira (25) o fim dos confrontos entre os milicianos comandados por ele e as tropas iraquianas. O religioso esclareceu que a ameaça de "guerra aberta" feita por ele se refere apenas às tropas estrangeiras, lideradas pelos Estados Unidos. Em um sermão lido por um de seus auxiliares, em Bagdá, Al-Sadr pediu que os policiais e soldados iraquianos "não apóiem os invasores no combate aos nossos irmãos". O texto foi lido em uma mesquita em Cidade Sadr, bairro de maioria xiita que é um bastião da milícia liderada pelo clérigo, o Exército Mehdi.

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O esclarecimento veio após Al-Sadr divulgar outro comunicado, em que afirmava dar um "aviso final" ao governo iraquiano. Se não fossem interrompidos os ataques ao Exército Mehdi, haveria uma "guerra aberta até a libertação". Acredita-se que o clérigo antiamericano esteja no Irã.

Também nesta sexta-feira, o chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos Mike Mullen, acusou o Irã de aumentar o apoio aos insurgentes iraquianos com armas e treinamento. Mullen também advertiu que os EUA têm poder suficiente para atacar Teerã, se necessário. Segundo o norte-americano, foram identificadas armas iranianas em recentes combates em Basra, sul do Iraque. Mullen ponderou que um terceiro conflito – além dos realizados no Iraque e no Afeganistão – seria desgastante para o país. Mas advertiu que isso não é uma impossibilidade. A declaração é semelhante a outras já feitas pelo secretário de Defesa, Robert Gates, de que todas as opções "estão sobre a mesa" para lidar com o Irã.

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