Um líder militar rebelde que esteve entre os primeiros a convocar abertamente uma insurreição armada contra o presidente Bashar Assad ficou ferido por uma bomba que havia sido colocada em seu carro. O coronel Riad al-Asaad, líder do agora marginalizado Exército Livre Sírio, teve seu pé direito amputado após a explosão na noite de domingo, segundo um ativista da cidade de Mayadeen, onde ocorreu o ataque.
O porta-voz rebelde Louay Almokdad, confirmou o ataque à Associated Press por telefone. Segundo ele, o estado de Al-Asaad, que foi levado para a Turquia, é estável. Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo ataque.
Al-Asaad é ex-coronel da Força Aérea síria, que desertou e fugiu para a Turquia em 2011, onde tornou-se líder do Exército Livre Sírio, um grupo de desertores do Exército que esteve entre os primeiros a declarar que a luta armada era a única forma de derrubar Assad.
O militar viajava com um auxiliar e o ativista local Barakat al-Haweish, que ficaram levemente feridos, informou o ativista. Al-Asaad foi levado a um hospital de campo local, onde seu pé direito foi amputado antes de ser levado para a Turquia.
Fronteira
O Exército Livre Sírio fechou nesta segunda-feira os únicos dois postos de fronteira com a Jordânia, disse um oficial militar, em condição de anonimato. “O Exército Livre Sírio fechou as passagens em Deraa e Naseeb depois de assumir o controle dos locais”, disse o militar jordaniano à agência France Presse, sem dar maiores detalhes.
O fechamento ocorreu depois que os rebeldes tomaram a faixa de 25 quilômetros que vai da fronteiras com a Jordânia e as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, segundo o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos.
Morteiros
Em Damasco, uma série de ataques com morteiros perto de uma rotatória no centro da cidade matou duas pessoas e deixou várias feridas nesta segunda-feira, informou a televisão estatal.
Ninguém assumiu a responsabilidade pelo ataque, o que reflete a natureza geralmente caótica da guerra civil na Síria, da qual participam centenas de grupos rebeldes independentes. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.