O líder rebelde curdo Abdullah Ocalan pediu nesta quinta-feira um imediato cessar-fogo e que milhares de combatentes deixem o território da Turquia, um importante passo na direção do fim de uma das insurgências mais sangrentas do mundo.

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Centenas de milhares de pessoas se reuniram para ouvir a mensagem de Ocalan, que está preso, em Diyarbakir, a maior cidade turca do sudeste curdo, onde o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, na sigla em curdo) trava há 30 anos uma guerra contra o governo da Turquia por autonomia e mais direitos.

Embora tenha havido uma resposta cautelosa do governo turco, o anúncio, feito durante um festival de primavera curdo foi recebido com alegria pela multidão. As pessoas cantavam e dançavam, agitavam bandeiras e faixas com imagens de Ocalan e aplaudiram a perspectiva do fim do conflito que já custou a ida de dezenas de milhares de pessoas.

Em dezembro, o governo turco anunciou que estava conversando com Ocalan com o objetivo de persuadir o PKK a se desarmar. O grupo é considerado uma organização terrorista na Turquia e por seus aliados ocidentais.

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Em mensagem lida por legisladores pró-curdos nas línguas curda e turca, Ocalan disse que “chegamos a um ponto no qual as armas devem ser silenciadas e as ideias devem falar. Uma nova era começou, na qual a política, e não as armas, estão na dianteira.”

“Chegamos a um estágio no qual nossos elementos armados precisam recuar para atrás das fronteiras”, disse o líder na mensagem.

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Apesar de estar preso há 14 anos numa prisão nas proximidades de Istambul, Ocalan ainda exerce poder sobre o grupo rebelde. Os comandantes do PKK, que estão no norte do Iraque, declararam apoio à iniciativa de paz e a expectativa é de que os combatentes atendam ao pedido de Ocalan. As informações são da Associated Press.