O ataque realizado por um avião teleguiado norte-americano matou o número 2 do Taleban Paquistanês nesta quarta-feira, informaram funcionários da inteligência paquistanesa, embora o grupo militante tenha negado a morte de Waliur Rehman.
Se confirmada, a morte do líder terá sido um forte golpe para o grupo, que é responsável por centenas de ataques com bombas e tiroteios em todo o Paquistão. Os Estados Unidos oferecem uma recompensa de US$ 5 milhões por Rehman, que Washington acusa de envolvimento nos ataques suicidas de 2009, numa base no Afeganistão, que resultou na morte de sete norte-americanos que trabalhavam para a CIA.
Mísseis disparados por um avião teleguiado norte-americano na manhã desta quarta-feira em Miran Shah, a principal cidade da região tribal do Waziristão do Norte, matou quatro pessoas, dentre elas Rehman, disseram as fontes paquistanesas.
Duas dessas fontes disseram que seus informantes em campo viram o corpo de Rehman e uma terceira afirmou que autoridades de inteligência interceptaram comunicações entre os militantes que diziam que o líder havia sido morto. Todas as fontes falaram em condição de anonimato.
Mas um porta-voz do Taleban Paquistanês negou os relatos. “Para mim, isso parece notícia falsa. Não tenho tal informação”, declarou Ahsanullah Ahsan, falando à Associated Press por telefone de um local não divulgado.
O ataque com mísseis foi o primeiro desde as eleições paquistanesas de 11 de maio, durante as quais o programa de aviões teleguiados norte-americano foi muito debatido.
Foi também o primeiro ataque no Paquistão desde o discurso do presidente Barack Obama, na última quinta-feira, durante o qual ele discutiu regras mais restritivas implementada por ele para o uso desse tipo de aeronave em locais como Paquistão e Iêmen.
Rehman era procurado pelos Estados Unidos havia anos. Em 2010, Washington ofereceu US$ 5 milhões por informações que levassem ao líder militante pelo programa “Recompensa para Justiça”.
Embora Rehman seja mais conhecido por suas atividades no Paquistão, o governo norte-americano declarou em seu anúncio que ele também participou de ataques no Afeganistão, contra militares dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). As informações são da Associated Press.