O líder islâmico Rached Ghannouchi retornou para sua terra natal neste domingo, depois de mais de 20 anos de exílio, seguindo a queda do regime autoritário na Tunísia, disse o oficial de uma companhia aérea para a AFP.
Havia cenas caóticas no aeroporto Tunes Carthage depois que ele desembarcou do voo da British Airways, vindo de Londres, sendo saudado por centenas de simpatizantes, enquanto um pequeno grupo protestava contra seu retorno para o país.
Antes do embarque, ainda em Londres, ele havia chegado ao aeroporto de Gatwick acompanhado por um grupo de partidários e jornalistas. Soumaya Ghannouchi, filha do líder e que viajou com ele, informou à AFP por telefone, o momento em que o pai embarcou.
Ao posar para fotos ainda em Londres depois de 22 anos de exílio, o líder disse que se sentia “muito feliz hoje”. “Quando eu retornar para casa, estarei retornando para o mundo árabe como um todo. Eu ainda sou líder do meu partido e quero organizar uma conferência. Se houver eleições livres e justas, o Ennahda tomará parte nas eleições legislativas, não da presidencial”. “Não acreditamos que um único partido possa governar sozinho. Um governo de unidade nacional é o que é apropriado no momento”.
Ao ser questionado se apoiava a lei islâmica Sharia, o líder respondeu: “Tudo isso não tem lugar na Tunísia”. Ghannouchi disse que deseja apenas rezar na maior mesquita de Túnis e ser um “cidadão comum” no país. As informações são da Dow Jones.