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Líder do Sri Lanka promete proteger general processado no Brasil

O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, prometeu proteger seu ex-embaixador para seis países sul-americanos, Jagath Jayasuriya, um ex-general acusado, no Brasil, de crimes na fase final da guerra civil do país asiático.

“Não vou permitir que ninguém no mundo toque em Jagath Jayasuriya ou em qualquer outro chefe militar ou herói de guerra neste país”, disse Sirisena em um discurso a partidários.

A declaração do presidente vem uma semana depois de grupos de direitos humanos entrarem com processos na América do Sul contra Jayasuriya, que até a semana passada servia como enviado do governo do Sri Lanka no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Suriname.

Os comentários são vistos como uma tentativa de persuadir a maioria étnica cingalesa, que se opõe em grande parte a ações contra militares acusados de crimes na luta contra rebeldes da minoria Tamil. Cingaleses são vistos como anti-Sinhalese por facções linha dura da comunidade.

Os processos têm como base o papel que Jayasuriya desempenhou como comandante na fase final da Guerra do Sri Lanka, em 2009. Eles alegam que ele supervisionou unidades militares que atacaram hospitais e mataram e torturaram milhares de pessoas.

Os processos foram apresentandos no Brasil e na Colômbia e também devem ocorrer na Argentina, Chile e Peru. O Suriname se recusou a aceitar a petição. O exército do Sri Lanka, no entanto, nega as acusações contra Jayasuriya.

Acredita-se que mais de 100 mil pessoas tenham morrido na guerra civil do Sri Lanka, que durou 26 anos. Estima-se que, apenas na fase final, morreram entre 40 mil e 70 mil pessoas.

Em uma resolução conjunta no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), o Sri Lanka prometeu, entre outras coisas, um mecanismo judicial para processar os acusados de abusos aos direitos humanos, e uma nova contituição que cobrisse todas as etnias e religiões da país. Pouco progresso foi feito, no entanto.

Jayasuriya deixou o Brasil na semana passada para retornar ao Sri Lanka após completar seu mandato de dois anos. As petições podem ser alteradas para pedir por garantias de prisão caso ele retorne, de acordo com o juiz que entrou com o processo. Fonte: Associated Press.

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