Líder de grupo radical se mata em confronto com Hamas

O líder de um grupo radical inspirado no Al Qaeda se matou durante um confronto neste sábado com forças de segurança, que deixou 24 mortos. Os grupos radicais vêm representando um dos maiores desafios para o Hamas desde o que o grupo tomou o poder em Gaza, há dois anos.

O confronto começou quando forças de segurança do Hamas cercaram uma mesquita na cidade de Rafah, ao sul da Faixa de Gaza, na fronteira egípcia, onde cerca de 100 membros do Jund Ansar Allah, ou Soldados dos Parceiros de Deus, reuniam-se.

Chamas iluminaram o céu durante a noite, conforme os homens de segurança do Hamas atiravam e lançavam granadas na mesquita. Os militantes que estavam dentro da estrutura devolveram os ataques utilizando armas automáticas e granadas.

O chefe do grupo radical islâmico, Abdel-Latif Moussa, foi morto quando o confronto recomeçou na manhã deste sábado, informou Ihab Ghussein, porta-voz do Ministério do Interior. Segundo ele, Moussa detonou um colete de explosivos que usava durante o combate.

“O chamado Moussa cometeu suicídio, matando um mediador que havia sido enviado para convencê-lo e a seus seguidores de se entregar ao governo”, explicou o porta-voz, acrescentando que o confronto acabou mais tarde, ainda durante a manhã.

O médico Moaiya Hassanain, do Ministério da Saúde Palestino, em Gaza, informou que um total de 24 pessoas, incluindo seis policiais do Hamas e uma garota de 11 anos, morreram durante a violência, que também feriu outras 150 pessoas.

O grupo prometeu vingança em seu Web site, afirmando que “juramos por Deus nos vingar do sangue do mártir e transformar as mulheres deles em viúvas”.

O Hamas também confirmou a morte no combate de um de seus comandantes de alto escalão, Abu Jibril Shimali, que, segundo Israel, orquestrou a captura há três anos do sargento Gilad Schalit, um soldado israelense que ainda é mantido preso pelo Hamas. As informações são da Associated Press.