Hebe de Bonafini, a histórica líder da organização de defesa dos direitos humanos Mães da Praça de Mayo, declarou enfático respaldo à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Bonafini acusou o presidente colombiano, Álvaro Uribe, de ser responsável pelo recente fracasso da operação de liberação de três reféns que estão nas mãos da guerrilha.

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A líder das Mães definiu Uribe como "um m…". "Vocês viram o que aconteceu", exclamou, em referência à operação realizada na semana passada na cidade colombiana de Villavicencio, durante a qual foi criada, por parte do presidente venezuelano Hugo Chávez uma elevada expectativa sobre a liberação dos reféns. "A gente ouve o Uribe e parece que ele é o único cara sensato. Mas Uribe é um m…. Ele tem mais de 500 reféns das Farc e disso ninguém fala".

Bonafini afirmou que eram "mentiras, porcarias" as denúncias feitas pelo governo colombiano sobre torturas praticadas pelas Farc. "Quem é que pode imaginar que as pessoas da guerrilha fariam torturas? Só na cabeça de m… de Uribe poderia passar essa idéia". Bonafini sustentou que ela e suas companheiras estão "com o presidente Chávez e com o ex-presidente Néstor Kirchner, que foi à Colômbia".

A líder das Mães, que ao longo das últimas duas décadas provocou divisões profundas nos organismos de defesa dos direitos humanos, costuma provocar polêmica com suas observações sobre política internacional. Ela respalda o grupo terrorista basco ETA e o movimento zapatista no México, além de declarar simpatia pelo ataque da Al-Qaeda aos Estados Unidos.

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