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Líder da Palestina, Abbas corta relações com Israel

O líder palestino Mahmoud Abbas suspendeu todo o contato com Israel, nesta sexta-feira, após a implementação de medidas de segurança nos locais sagrados de Jerusalém ter causado uma onda de violência que deixou pelo menos seis pessoas mortas.

As forças de segurança israelenses entraram em confronto com milhares de palestinos que protestavam contra a instalação de detectores de metais na semana passada, na entrada do local conhecido por israelenses como Monte do Templo e por palestinos como Nobre Santuário.

Autoridades palestinas disseram que três palestinos foram mortos hoje e centenas ficaram feridos, inclusive por disparos de israelenses nos atos de violência que se espalharam para o leste de Jerusalém e em cidades da Cisjordânia como Ramallah, Nablus e Hebron. A polícia de Israel disse que ainda estavam investigando os relatos de mortes de palestinos.

Israel instalou os detectores no lado de fora do local na Cidade Antiga de Israel depois que três homens armados mataram dois policiais israelenses na semana passada. Os homens armados foram executados depois pelas forças de segurança.

Hoje, um palestino matou a facadas três israelenses em um assentamento judeu na Cisjordânia e feriu um quarto, de acordo com as forças de segurança de Israel.

O Hamas, o grupo militante que governa a faixa de Gaza, elogiou o ataque, chamando de uma resposta “normal” à ocupação israelense na Cisjordânia. Mais cedo, autoridades israelenses disseram que pelo menos quatro policiais ficaram feridos após manifestantes palestinos atirarem pedras, fogos de artifício, e coquetéis Molotov contra forças de segurança no leste de Jerusalém. A polícia de Israel prendeu mais de 20 manifestantes.

“Eu declaro a suspensão de todos os contatos com o lado israelense em todos os níveis, até que eles cancelem suas medidas na mesquita de Al Aqsa e preservem o status quo”, disse Abbas após uma reunião com seus assessores, referindo-se à mesquita do Nobre Santuário. Abbas também pediu para que a Organização das Nações Unidas (ONU) proteja os palestinos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para que os líderes palestino e Israelense evitem ações que possam aumentar a tensão e para que todos os líderes políticos, religiosos e das comunidades ajudem a diminuir o atrito. Fonte: Dow Jones Newswires.

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