Levantes em Trípoli e em povoados isolam Kadafi

Em 41 anos, o líbio Muamar Kadafi nunca esteve tão longe do poder. Seu governo desmorona pela força em Trípoli, onde bairros pobres se sublevaram ontem contra ataques de artilharia antiaérea. Em Benghazi, um opositor proclamou uma república. Mas o golpe mais inesperado vem dos povoados do interior. Ali, sem violência, os líbios assumiram serviços públicos, a segurança e hastearam a bandeira que Kadafi baniu em 1969.

Na prática, em grande parte da Líbia, o povo já está no poder. Ontem, no centro petrolífero do país, a unidade da Líbia foi questionada: um opositor declarou uma república em Benghazi. A iniciativa, entretanto, é isolada. O movimento mais importante não vem das manifestações de novos líderes. A insurreição é comandada por personagens anônimos e se espalha pelo país.

O movimento iniciado no leste do país se espalhou também pela porção ocidental. Tribos, vilarejos, cidades a 300 quilômetros da capital se sublevaram sem banhos de sangue. Bandeiras com as cores verde, negro e vermelho tremulam em prédios públicos e marcos municipais, substituindo painéis com a imagem do ditador. Ações de guerrilha se multiplicam e tornam possível a tomada e ocupação de símbolos do poder, como delegacias e alguns prédios das Forças Armadas. Em lugar dos “comitês revolucionários” – as instâncias locais de poder criadas por Kadafi -, comitês populares usam a estrutura estatal para redistribuir alimentos e combustível. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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