Depois de dois meses e um dia sem governo, a Itália encerrou neste sábado, 27, o impasse político com a nomeação do social-democrata Enrico Letta como novo chefe de governo. O ex-número 2 do Partido Democrático (PD), que não recebeu o voto popular para o cargo que exercerá, comandará um gabinete de coalizão com o partido Povo da Liberdade (PDL), grupo do ex-premiê Silvio Berlusconi, e sucederá o tecnocrata Mario Monti.

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O arranjo político, anunciado na tarde deste sábado, em Roma, depois de três dias de negociações entre os dois partidos, põe Berlusconi de volta ao centro do poder, representado por Angelino Alfano, um de seus homens de confiança. Na quinta-feira, Letta chegou a afirmar que as discussões para formação do gabinete seriam difíceis e longas, por não estar disposto a governar a qualquer preço. Desta vez, porém, o nó político foi mais fácil de desatar e, após 72 horas de conversações, o compromisso esperado entre PD e PDL foi selado para preencher um total de 21 ministérios.

Além de Alfano, que acumulará os cargos de vice-primeiro-ministro e ministro do Interior – responsável pela polícia e pela política de imigração -, outros nomes fortes serão Emma Bonino, ex-comissária europeia das Relações Exteriores, que assume como chanceler, e o diretor-geral do Banco Central da Itália, Fabrizio Saccomanni, encarregado do Ministério da Economia, um dos pontos críticos da nova gestão. Em sinal de abertura à administração de Monti, a cientista política e diplomata Anna Maria Cacellieri assumirá o Ministério da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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