Néstor Kirchner sucedeu Eduardo Duhalde na presidência da Argentina. Impulsionado por promessas de recuperação econômica, da produção, da saúde e da educação, Kirchner conseguiu se destacar entre os demais candidatos e foi eleito em maio de 2003, já no segundo turno, após a desistência do seu rival, o ex-presidente Carlos Menem.

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Kirchner assumiu o cargo em 25 de março de 2003, ainda enfrentando as consequências da crise econômica iniciada em 2001 com o calote da dívida argentina e as sucessivas alterações no comando do país. O novo presidente manteve o ministro da Economia de seu antecessor, Roberto Lavagna, e também sua política econômica, priorizando a desvalorização da moeda com a compra de divisas pelo Banco Central e a elevação das exportações. O resultado foi um crescimento econômico com taxas próximas a 10%. Lavagna deixou o cargo em novembro de 2005, após desavenças com Kirchner.

A relação do governo de Néstor Kirchner com o Fundo Monetário Internacional foi conflituosa, embora ele tenha decidido antecipar o pagamento da totalidade da dívida com o organismo internacional (mais de US$ 10 bilhões). Assim, apesar das declarações públicas, o governo de Kirchner foi o que mais pagou dívidas ao FMI em toda a história argentina.

Embora seus críticos argumentem que o relativo sucesso econômico do país foi fruto mais do cenário internacional favorável e da base de comparação ruim dos anos anteriores do que dos méritos do governo, a Argentina obteve níveis de crescimento de até 8% a partir de 2003. Para seus opositores, a recuperação econômica não poderia se manter não fosse a queda do poder de compra do salário mínimo. Kirchner foi ainda o principal cabo eleitoral na campanha de sua mulher, Cristina, eleita para a presidência em 28 de outubro de 2007.

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