O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, queixou-se da “hegemonia dos Estados Unidos” para o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que visita o país nesta quinta-feira. Enquanto isso, o ex-chefe de inteligência militar da Coreia do Norte e um dos assessores mais próximos do líder norte-coreano, Kim Yong Chol, está em Nova York tentando preparar o caminho para uma cúpula com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Cingapura prevista para o mês que vem.

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Kim disse a Lavrov que espera aumentar a cooperação com a Rússia, que permaneceu em grande parte nos bastidores nos últimos meses enquanto o líder norte-coreano fazia uma aproximação diplomática com os Estados Unidos, bem como com a Coreia do Sul e a China. “À medida que nos movemos para nos ajustarmos à situação política diante da hegemonia dos EUA, eu estou disposto a trocar opiniões detalhadas e aprofundadas com sua liderança e espero fazer isso à medida que avançamos”, disse Kim a Lavrov.

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Lavrov transmitiu os “calorosos cumprimentos e melhores votos” do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para os “grandes empreendimentos” de Kim na península coreana. Ele também expressou o apoio de Moscou a um acordo entre Kim e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, alcançado em uma cúpula no mês passado que se concentrou em medidas para aliviar as hostilidades e aumentar as trocas entre as duas Coreias. Lavrov também convidou Kim a ir a Moscou.

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Segundo a mídia russa, Lavrov discutiu ainda maneiras de expandir as relações entre os dois países durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores norte-coreano, Ri Yong Ho. “Consideramos bem-vindos os contatos que vêm se desenvolvendo nos últimos meses entre a Coreia do Norte e do Sul, entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, disse Lavrov, em comentários para a mídia. “Consideramos bem-vindas as cúpulas que já ocorreram entre Pyongyang e Seul, bem como reuniões planejadas entre lideranças norte-coreanas e norte-americanas.”

Ele prometeu apoio da Rússia à desnuclearização e a um esforço mais amplo para criar

paz estável e duradoura na região, mas indicou que Moscou acredita que as sanções podem ser flexibilizadas enquanto o processo está em andamento, o que diverge da posição dos EUA de que a desnuclearização deve vir em primeiro lugar. “É absolutamente óbvio que, quando começa uma conversa sobre como resolver o problema nuclear e outros problemas da Península da Coreia, partimos do fato de que a decisão não pode ser completa enquanto as sanções ainda estiverem em curso”, disse. Fonte: Associated Press.