O Secretário de Defesa dos EUA, John Kerry, culpou diretamente os separatistas ucranianos pela queda do voo MH17, da Malaysia Airlines. Contudo, Kerry evitou colocar a responsabilidade do incidente sobre o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os comentários do secretário foram feitos em cinco programas de televisão neste domingo.
Ao citar um conjunto de informações de inteligência dos Estados Unidos e relatos nas redes sociais, Kerry afirmou que isso “aponta de maneira muito clara para os separatistas”.
Kerry afirmou que houve um grande fluxos de armas através da fronteira da Rússia em direção à Ucrânia no mês passado, o que tinha o objetivo de ajudar os rebeldes a combater as forças do governo ucraniano.
Kerry também ressaltou que os separatistas derrubaram 12 aeronaves durante o último mês e, na quinta-feira, se gabavam do ataque contra o avião da Malásia, até que perceberam que era um voo comercial.
Perguntado se Putin era culpado pela queda do avião, Kerry se desviou da pergunta. “Culpabilidade é um termo judicial”, disse ele. “As pessoas podem fazer seu próprio julgamento por aquilo que leem.”
Ele disse que teve uma “conversa direta e dura” com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, e afirmou que o presidente Barack Obama falaria novamente com Putin em breve.
Como relatado anteriormente, as novas avaliações de inteligência dos Estados Unidos indicam que Moscou provavelmente forneceu os sistemas antiaéreos sofisticados nos últimos dias aos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, aumentando evidências apresentadas pela Ucrânia e reforçando as acusações de que Moscou era a fonte da arma.
Kerry disse também que a integridade do local do acidente tinha sido “seriamente comprometida”. “Soldados separatistas bêbados estão empilhando os corpos em caminhões sem a menor cerimônia e perturbando as provas e perturbando o padrão que está lá”, disse ele.
Ele afirmou que a Rússia e os separatistas precisam permitir o pleno acesso ao local do incidente. “Precisamos de um acesso total e este é um momento da verdade para a Rússia”, disse o secretário. com informações da Dow Jones e da Associated Press