No segundo dia da ofensiva coordenada pelos EUA contra o Estado Islâmico, aviões de guerra americanos bombardearam militantes do Estado Islâmico nos dois lados da fronteira da Síria e do Iraque. Os últimos ataques americanos, conduzidos por bombardeios e jatos militares, danificaram oito veículos do Estado Islâmico na Síria, perto da fronteira com a cidade fronteiriça iraniana Al-Qa’im, informou o Comando Central americano. O órgão também relatou que atingiu dois veículos armados do grupo extremista no oeste de Bagdá e dois centros militantes no norte do Iraque.

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“Definitivamente houve um segundo dia e vai haver um terceiro e um quarto” na Síria, afirmou o secretário de estado americano John Kerry em entrevista à CNN nesta quarta-feira. “Isso vai continuar por um tempo de diversas formas.”

Em um pronunciamento separado, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que os ataques no leste da Síria atingiram uma área usada por militantes para transporte de equipamentos para o Iraque pela fronteira. Ele não especificou o local das incursões, mas ativistas sírios relataram pelo menos 13 ataques aéreos nesta quarta-feira na cidade síria de Boukamal, que faz fronteira com Al-Qa’im.

A frente Nusra afirmou que estava esvaziando os complexos perto de áreas civis na província de Idlib, no norte da Síria. O anúncio em uma página do Facebook associada às operações do grupo em Idlib foi feito após um ataque aéreo americano na base da frente Nursa no vilarejo de Kfar Derian, que deixou cerca de dez militantes e dez civis mortos, de acordo com dois ativistas.

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Outro grupo rebelde sírio, Ahrar Al-Sham, também esvaziou suas bases, oficinas de armas e escritórios, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O grupo publicou uma declaração pedindo aos combatentes para limitarem o uso de comunicação wireless a situações de emergência, retirar armamentos pesados e alertar civis para ficarem longe de possíveis áreas de conflitos.

Nesta quarta-feira, o maior grupo de oposição sírio criticou os ataques aéreos americanos por se limitarem ao Estado Islâmico e outros grupos extremistas enquanto deixam o governo de Bashar Al-Assad intocado. “Nós lamentamos que a comunidade internacional venha com soluções parciais para o conflito sírio em que centenas de milhares foram mortos ou presos pelo regime de Assad”, afirmou Nasr Al-Hariri, secretário geral da Coalizão Nacional Síria.

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Apesar do começo da campanha liderada pelos EUA, combatentes do Estado Islâmico continuam com ofensivas contra os militantes curdos sírios nos arredores da cidade de Ayn Arab, próxima à fronteira com a Turquia. Um militante curdo que lutava para proteger a cidade afirmou que membros do Estado Islâmico estiveram a cerca de um quilômetro da região nesta quarta-feira. O conflito pode ser visto dos terraços na Turquia. Fonte: Associated Press.