Um muçulmano bósnio, Ahmet Zulic, disse hoje aos juízes do julgamento do ex-líder servo-bósnio Radovan Karadzic, que os sérvios queimaram seu sogro vivo durante a brutal tomada de sua vila no começo da guerra na Bósnia, em 1992. O testemunho finalmente abriu a apresentação de provas após meses de adiamentos e disputas legais desde sua prisão em julho de 2008, após 12 anos em fuga.

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O episódio também marcou a estreia de Karadzic como seu próprio defensor no tribunal de guerra iugoslavo. Zulic não olhou para Karadzic quando ele entrou no tribunal. Karadzic, de 64 anos, é acusado por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra por supostamente ter orquestrado as atrocidades perpetradas por tropas servo-bósnias e paramilitares para estabelecer um mini-Estado formado apenas por servo-bósnios na Bósnia.

Se considerado culpado, poderá ser sentenciado à prisão perpétua. Karadzic afirma que é inocente e diz que os sérvios apenas se defenderam de uma conspiração para estabelecer uma república islâmica na Bósnia.

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