Ex-líder político dos sérvios na Bósnia, Radovan Karadzic foi condenado nesta quinta-feira (24) a 40 anos de prisão pelo Tribuna Penal Internacional para a ex-Iugoslávia por um crime de genocídio e outros nove relacionados a crimes de guerra e contra a humanidade.
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O general Ratko Mladic, fiel escudeiro, e Karadzic: juntos eles provocaram a morte de 100 mil pessoas./Foto: Reprodução |
Aos 70 anos de idade e mais de duas décadas depois do fim da guerra civil na BósniaHerzegovina, o antigo líder político dos sérvios bósnios foi considerado culpado de 10 das 11 acusações que sobre ele recaiam. Entre elas, estão o massacre de oito mil muçulmanos em Srebrenica, em 1995, e o cerco de quase quatro anos de Sarajevo.
Karadzic, no entanto, foi absolvido de uma acusação de genocídio em sete municípios da Bósnia. O ex-político sérvio, poeta e psiquiatra ficou foragido até 21 de julho de 2008.
Desde 1996 ele era acusado de crimes contra a vida, genocídio e violações da Convenção de Genebra, como perseguição, extermínio, deportação, transferência forçada e assassinato. No entanto, seus defensores dizem que ele não é mais culpado que qualquer outro líder político em época de guerra. O conflito na Bósnia ocorreu entre 1992 e 1995, provocando a morte de mais de 100 mil pessoas e o deslocamento forçado de outros 2,2 milhões.
