Justiça paquistanesa impede Sharif de disputar eleições

A Justiça paquistanesa decretou nesta segunda-feira (23) que o ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif não pode concorrer a um cargo no Parlamento. O motivo alegado é que ele havia sido condenado por um crime. A decisão é uma derrota política para Sharif, pois impossibilita que ele se torne primeiro-ministro paquistanês, caso a decisão judicial seja mantida. Sharif é líder de um dos partidos que formam a coalizão governante e é um duro opositor do presidente Pervez Musharraf.

Sharif já havia sido impedido de concorrer em fevereiro, por causa de condenações relacionadas à sua queda no cargo de primeiro-ministro, em um golpe em 1999. Sharif foi condenado pelo seqüestro do avião do então comandante do Exército Pervez Musharraf, em 1999. Essa ação foi um catalisador do golpe que o derrubou. No início do mês, a Comissão Eleitoral Nacional liberou a participação dele na segunda eleição, marcada para esta quinta-feira, pois um tribunal decidiu que não havia consenso sobre o caso.

Mas um candidato e um eleitor de Lahore, onde Sharif pretendia concorrer à vaga no Parlamento, entraram com um pedido na Suprema Corte do país para barrá-lo. Hoje, três magistrados decidiram impedi-lo, por causa da condenação anterior. "Nós rejeitamos essa decisão. Isso é uma conspiração", acusou Sadiqul Farooq, porta-voz do partido de Sharif. O advogado dele, Ashtar Ausaf, reclamou da decisão e da rapidez da Justiça para julgar o caso.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo