O julgamento do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, acusado de corrupção e por promover a morte de manifestantes civis, recomeça nesta segunda-feira, em um processo que, segundo os advogados pode ser longo, e possibilitará sucesso nos apelos.
Mubarak, de 83 anos, é acusado de envolvimento nas mortes de manifestantes contra o regime, nos meses de janeiro e fevereiro, cuja revolta popular pôs fim a três décadas de poder do ditador. O ex-presidente é acusado pelas mortes de civis juntamente com seu ex-ministro do Interior, Habib al-Adly, e seis ex-comandantes da polícia, que também estão no banco dos réus. Mubarak é também acusado de corrupção ao lado de seus dois filhos, Gamal e Alaa.
Mubarak tem sido mantido, sob escolta, em um hospital militar em uma cidade distante do Cairo. Na primeira sessão, em 3 de agosto, o ex-ditador foi levado em uma cadeira de rodas, em um avião militar, da cidade litorânea de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho – onde recebe tratamento para um problema cardíaco -, até o tribunal, na capital.
Na primeira audiência, Mubarak foi mantido dentro de uma jaula e o julgamento foi transmitido ao vivo pela televisão. Dezenas de advogados representam as vítimas no tribunal. Mais de 850 pessoas foram mortas nos 18 dias que antecederam a deposição do ditador e milhares ficaram feridas. O advogado de Mubarak, Farid as-Deeb, disse a um jornal egípcio que pediu ao juiz que chamasse 1.600 testemunhas que deverão depor a favor de Mubarak, incluindo altos oficiais militares. As informações são da Dow Jones. As informações são da Dow Jones.