Um tribunal tunisiano adiou para a próxima segunda-feira o início do segundo julgamento do ditador deposto Zine El Abidine Ben Ali. O julgamento de Ben Ali por armazenamento ilegal de drogas, armas e objetos arqueológicos deveria ter começado hoje. Na audiência realizada nesta quinta-feira, porém, o juiz Touhami Hafi declarou recesso até 4 de julho por conta de uma greve de advogados.

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No último dia 20, o ex-ditador tunisiano e sua esposa foram condenados a 35 anos de prisão por apropriação indébita de recursos públicos. O casal foi julgado à revelia, na corte criminal de Túnis. Além da sentença de reclusão, Ben Ali foi condenado pelo juiz Touhami Hafi a pagar multa equivalente a 25 milhões de euros. A esposa de Ben Ali, Leila Trabelsi, foi condenada a restituir cerca de 20 milhões de euros ao erário tunisiano.

Zine Ben Ali, de 74 anos, e sua família saíram da Tunísia às pressas e fugiram para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, no desfecho de um levante popular que serviu de estopim para uma série de revoltas pelo Oriente Médio e o norte da África.

Depois da fuga, uma quantia estimada em cerca de 19 milhões de euros em joias e dinheiro foi encontrada em um palácio em Sidi Bou Said, nas proximidades de Túnis, o que deu origem ao processo contra o casal. O governo da Arábia Saudita não atendeu ao pedido de extradição apresentado pela Tunísia, o que provocou alguma frustração popular pelo fato de o ditador não estar presente no julgamento. As informações são da Associated Press.

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